Rede de Fornecedores Inovadores: aberta a Manifestação de Interesse
No âmbito do Programa “Acelerar a Economia”, foi oficialmente lançado o Aviso à Manifestação de Interesse para integrar a Rede de Fornecedores Inovadores, através da seleção de Empresas Nucleares. Esta medida insere-se na Medida 27 do programa e visa consolidar a base industrial nacional através do reforço das cadeias de valor, inovação e colaboração entre grandes empresas, PME e centros de I&D.
Objetivo
A iniciativa tem como principal propósito fomentar a criação de consórcios liderados por empresas de grande dimensão (designadas Empresas Nucleares), que incluam PMEs, Small Mid Caps e Centros de Investigação e Desenvolvimento. O foco é o desenvolvimento e fornecimento de bens e serviços inovadores, com elevada intensidade tecnológica, destinados a polos industriais especializados com inserção em cadeias de valor internacionais.
Esta abordagem pretende promover a clusterização, contribuir para a criação de emprego qualificado, aumentar a produtividade nacional e impulsionar a reindustrialização, alinhando-se com os objetivos estratégicos da União Europeia para reforço da autonomia em setores críticos como a tecnologia, energia e defesa.
Quem se pode candidatar à Rede de Fornecedores Inovadores?
Os candidatos a Empresas Nucleares que pretendam apresentar candidatura devem cumprir, cumulativamente, os seguintes requisitos:
- Grandes empresas inovadoras e internacionalmente competitivas, englobando apenas fornecedores “Tier 1” ou OEM;
- Apresentar uma estratégia global e coerente, que identifique as necessidades para o reforço nacional da cadeia global de produção visada;
- Exercer atividades económicas com forte procura internacional;
- Ter um volume de negócios anual superior a 50 milhões de euros (aferido na média dos últimos 3 anos);
- Ter uma intensidade exportadora superior a 50%.
Este Aviso é dirigido a empresas com forte vocação exportadora e capacidade de liderança em polos de especialização, que pretendam apresentar um Plano Estratégico de Intervenção.
Este plano deverá evidenciar:
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Estratégia de atuação;
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Capacidade de induzir inovação nos fornecedores;
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Ligação a cadeias de valor internacionais;
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Potencial de substituição de importações e aumento das exportações.
Modelo de Implementação
A iniciativa será concretizada em duas fases:
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Seleção das Empresas Nucleares com base no Plano Estratégico submetido;
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Lançamento de avisos de financiamento, no âmbito do PT2030, para apoiar os investimentos das empresas selecionadas e respetivos consórcios de fornecedores.
Estes apoios poderão abranger diversas tipologias previstas no PT2030, incluindo Inovação Produtiva, Qualificação, I&D colaborativa e Internacionalização.
Requisitos e Processo de Candidatura à Rede de Fornecedores Inovadores
As empresas interessadas deverão:
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Estar legalmente constituídas e cumprir as condições gerais de elegibilidade;
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Demonstrar capacidade técnica e financeira para liderar o consórcio;
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Submeter o Plano Estratégico e documentação exigida através da plataforma identificada no Aviso.
O processo de avaliação será competitivo e transparente, com base em critérios como:
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Alinhamento com os objetivos da medida;
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Impacto nas cadeias de valor e no tecido empresarial local;
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Potencial de inovação, internacionalização e criação de emprego.
Área Geográfica e Resultados Esperados
A iniciativa abrange todo o território nacional, com especial atenção às regiões onde existam polos industriais relevantes. Espera-se que esta medida contribua significativamente para:
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Aumento das compras de bens e serviços de alto valor acrescentado a PMEs nacionais;
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Dinamização económica regional e redução das assimetrias territoriais;
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Melhoria da qualificação dos recursos humanos através de formação associada à Inovação.
Próximos Passos
As manifestações de interesse devem ser submetidas até ao dia 30 de setembro de 2025, sendo posteriormente divulgadas as empresas selecionadas.
Conclusão
A seleção de Empresas Nucleares no âmbito da Rede de Fornecedores Inovadores representa uma oportunidade estratégica para grandes empresas liderarem a transformação industrial e tecnológica de Portugal, através da colaboração com PMEs e centros de conhecimento.
Esta medida promove um novo paradigma de crescimento, baseado na inovação colaborativa, industrialização e autonomia estratégica.
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